Tem problemas de sono?
Acorda cansado, custa-lhe adormecer ou acorda várias vezes durante a noite?

O sono é um pilar essencial para o equilíbrio do organismo — e no Hospital Lusíadas Alfragide temos uma equipa especializada no tratamento das perturbações do sono.  

Consulta do Sono realizada no Hospital Lusíadas Alfragide está disponível para todos os que são impactados negativamente pelo seu sono – seja por insónia, por movimentos contínuos que não consegue controlar, sonambulismo ou pausas de respiração/ressonar durante a noite. Com uma abordagem científica à área do sono, avaliamos três componentes: duração, qualidade e rotina. Esta avaliação é realizada tendo em conta outros dois pilares da saúde; a alimentação e o exercício físico. Tudo é tido em consideração para que se possa avaliar o doente como um todo.  

A Medicina do Sono envolve várias áreas de atuação numa coordenação comum. 

 

Dra. Sandra Marques

Dra. Sandra Marques

Unidades

Hospital Lusíadas Alfragide

O sono tem um papel essencial na restauração e conservação de energia, bem como nos processos de crescimento, aprendizagem, consolidação de memórias e criação de novas células cerebrais. Constituído pelas fases REM (rapid eye movement) e NREM (non-rapid eye movement), pode através destas ser dividido em ciclos — estes são períodos que rondam os 90 minutos e nos quais há alternância entre estes estados, repetindo-se perto de cinco vezes por noite. A fase REM é aquela mais comumente associada aos sonhos — ainda que não seja a única na qual se sonha — sendo igualmente caracterizada pela ausência de tónus muscular.

O sono tem várias perturbações conhecidas e a sua área de influência é tão grande que não existe uma especialidade médica vocacionada para o tratamento de todas. Assim, tanto a psiquiatria, quanto a neurologia e a pneumologia são essenciais, devendo muitas vezes articular entre si ao longo do processo diagnóstico. 

As perturbações são normalmente classificadas em:

  • Insónia
  • Perturbações respiratórias relacionadas com o sono - sendo a apneia do sono a mais conhecida e que representa uma mais relevante perda de anos de vividos quando não devidamente tratada
  • Hipersónias de origem central
  • Perturbações do ritmo circadiano do sono
  • Parassónias
  • Perturbações do movimento relacionadas com o sono e uma categoria indiferenciada

Na Psiquiatria, a perturbação que é tratada com maior frequência é a insónia...

Esta deve ser diferenciada quer da privação de sono — na qual há uma causa identificada para a pessoa não dormir — quer do padrão de sono de “shortsleeper” — no qual os indivíduos, de forma não patológica, não necessitam de mais do que 5h de sono em cada 24h*. A insónia é caracterizada por dificuldades em manter o sono em qualquer das suas fases, podendo ser inicial, intermédia ou terminal, consoante está ligada ao ato de adormecer, à manutenção do sono, ou a despertares precoces. Estas dificuldades associam-se a uma insatisfação relativamente à qualidade ou quantidade do mesmo e ocorrem apesar de existirem condições adequadas para dormir. São também relevantes outros sintomas que ajudam a diagnosticar uma perturbação, como o cansaço ao longo do dia, aparecimento de dificuldades na atenção, concentração ou memória e também a presença de irritabilidade ou sonolência diurnaA insónia é classificada como sendo aguda ou crónica, dependendo para isso de uma evolução inferior ou superior a três meses.

* Alguns autores referem 6h e o número de horas de sono deve ser adaptado à idade do indivíduo.

Na maior parte dos casos, estes estados de insónia são transitórios e resolvem por si antes de evoluir para uma insónia crónica. Para minimizar esse risco, aquando a avaliação de uma insónia, devemos estar atentos a três factores: os predisponentes, os precipitantes e os perpetuadores — os primeiros estão relacionados com a propensão (maior ou menor) para um indivíduo vir a desenvolver insónia; os segundos, com circunstâncias que possam originar um episódio agudo de insónia; os terceiros, estão normalmente relacionados com tentativas erradas de correcção da insónia instaurada e fazem com que esta se possa prolongar, mesmo após o factor predisponente se encontrar anulado. Os números de prevalência desta perturbação estão caraterizados com uma margem demasiado ampla (4-22%), mas estima-se que os sintomas de insónia estejam presentes em 30-35% da população. A insónia é mais comum em mulheres, idades avançadas, pessoas divorciadas ou com nível socioeconómico mais baixo. Para além disso, serve como um bom alerta para a existência de outras perturbações — cerca de 50% dos doentes que sofrem de insónia têm outra doença psiquiátrica associada, mais frequentemente da linha do humor ou da ansiedade. 

Principais causas:

  • Stress

Preocupações com o trabalho, estudos, saúde ou família podem conduzir à insónia, principalmente eventos traumatizantes como a morte ou doença de um ente querido, divórcio e desemprego.

  • Ansiedade

Estados de ansiedade normais do quotidiano ou algumas situações como o stress pós-traumático perturbam o sono.

  • Depressão

Maioritariamente relacionada com a insónia, pode, especialmente em quadros atípicos, estar também ligada à hipersónia.

  • Doenças não psiquiátricas 

Dor crónica, dificuldades respiratórias, perturbação de apneia obstrutiva do sono, síndrome das pernas inquietas e necessidade de urinar frequentemente durante a noite diminuem a qualidade do sono.

  • Maus hábitos

Horários irregulares, a toma de estimulantes antes de dormir e um ambiente desconfortável não favorecem noites descansadas.

  • Jantar muito tarde 

As refeições tardias, se pesadas, impedem um sono profundo e descansado.

  • Uso de substâncias

     

Tratamento e Prevenção

O tratamento da insónia deve inicialmente ser feito através de Terapia Cognitivo-Comportamental para a insónia — assente num conjunto de “aulas” acerca do sono — e apenas numa segunda linha com recurso a medicação. Nesta opção, pode-se utilizar agentes farmacológicos diferentes, sendo que num tratamento de curta duração estão indicadas as chamadas “Z-drugs” e num tratamento de longo prazo o mais comum é que se utilizem antidepressivos ou até mesmo antipsicóticos (dependendo da avaliação médica). Isto reforça a ideia de que na psiquiatria as classes farmacológicas não são estanques e de que o facto de um medicamento servir mais comumente para um determinado tipo de patologia, em nada impede que tenha aplicação noutras. 

Quanto à prevenção da insónia, dentro daquilo que é visto como uma boa higiene do sono, podemos tentar alimentar-nos de forma equilibrada e, ao jantar, em pouca quantidade; reduzir o consumo de bebidas alcoólicas; limitar o consumo de substâncias excitatórias como a cafeína ao período da manhã; fazer exercício físico de forma regular (evitando fazê-lo antes de ir para a cama) e limitar o quarto a duas actividades: sexo e dormir. Para além disto, um período de relaxamento ou um banho de água quente antes de ir para a cama, bem como uma proibição de ecrãs dentro quarto são práticas que promovem um sono saudável. Mais do que tudo isto, que é por vezes difícil de cumprir, importa que se esteja consciente da importância do sono, do impacto que tem em todas as áreas da nossa vida e de que, como com qualquer outra perturbação psiquiátrica, requer tratamento profissional.

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