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Enfermeiro: um elo de ligação

Conheça melhor o papel do enfermeiro dentro das unidades hospitalares e na sua função de ligação entre as equipas, os clientes e as suas famílias.

No dia 12 de maio assinala-se o Dia Internacional do Enfermeiro. Uma boa altura para pensar no seu papel dentro das unidades hospitalares e na sua função de ligação entre as equipas, os clientes e as suas famílias. Maria de Lurdes Pereira começa por destacar a missão da equipa de enfermagem com um pensamento de Wanda-Horta (teórica de Enfermagem Brasileira do século XX): 'Enfermeiro é gente que cuida de gente!' E saber cuidar é muito mais do que tratar. Por isso o nosso lema no grupo Lusíadas Saúde é 'Sabemos Cuidar!'" E, se nem sempre se sabe tudo, "abraçar este lema, é dar um passo todos os dias ao lado do que sofre, do que não sabe, do que está saudável e só precisa de um sorriso, do familiar amargurado, dos outros profissionais". Para a responsável, é indispensável ter "a noção do ser humano na sua dimensão total, nas suas emoções, pensamentos e comportamentos". E se "o enfermeiro tem que ser uma ajuda no envolvimento da equipa multidisciplinar, família ou cuidador e doente", também não deve esquecer "o colega que trabalha a seu lado", alerta. Também para José Manuel Barroso Dias, antigo Enfermeiro Diretor do Hospital Lusíadas Lisboa, os enfermeiros "pelo espaço permanente que ocupam nas organizações hoje em dia, são os principais atores no respeitante ao acolhimento do cliente e familiares, na alta hospitalar e mesmo no domicílio". É neste espaço que constituem elementos fundamentais para que os clientes se possam considerar "'o centro do mundo'". Destaca as visitas domiciliárias na área de obstetrícia e reabilitação, como um acrescento ao trabalho feito no hospital, e que "fazem chegar a casa dos clientes os melhores cuidados".

 

Profissionais especializados

Com uma licenciatura de quatro anos, a formação "é extremamente completa pois, além de um profundo conhecimento específico da disciplina de Enfermagem – 'o saber em saúde' – há o complemento das disciplinas das áreas humanísticas", refere Maria de Lurdes Pereira. "É o aprender 'holístico' no qual assenta aquela que deve ser a maior de todas as virtudes do enfermeiro: saber cuidar do doente como um todo, abraçar o físico, psíquico, mental e espiritual e até a sua envolvência familiar e social. A formação em enfermagem constitui assim uma ação plena de enriquecimento em valores humanos, de comunicação relacional e de autoconhecimento", continua. A enfermagem tem ainda outras vertentes nomeadamente Docência, Gestão, Investigação, Assessoria. Existe ainda a possibilidade de se fazerem Pós Graduações, Mestrados e Doutoramentos nas diversas especialidades, como Enfermagem Comunitária, Enfermagem Médico-Cirúrgica, Enfermagem de Reabilitação, Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica, Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica ou Enfermagem de Saúde Mental Psiquiátrica. Estas especializações da área de enfermagem "contribuem para que, em áreas que tiveram tamanho desenvolvimento científico, estes profissionais saibam estar atualizados cientificamente e saibam desenvolver mais saberes e competências na atualidade", acrescenta José Manuel Barroso Dias.

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