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Herpes labial: sintomas e tratamentos de uma infeção viral frequente

Colaboração
Conheça os principais fatores de risco e estratégias de tratamento contra o herpes labial, neste artigo da Dra. Joana Gomes, Dermatologista no Hospital Lusíadas Porto.

É uma das mais frequentes infeções virais humanas, estimando-se que 90% da população tenha pelo menos uma das formas do vírus, mas apenas um terço a um quinto dos infetados desenvolve a doença apresentando lesões recorrentes na boca.

Em que consiste o herpes labial?

O herpes é uma doença infeciosa e contagiosa provocada por um vírus que geralmente afeta lábios e mucosas (oral e genital). No entanto, a doença pode ainda pode ocorrer em outras regiões da pele ou até em alguns órgãos internos. Apesar de comum – estima-se que 90% da população tenha, pelo menos, uma forma de herpes – nem sempre se manifesta, o que contribui para a sua dispersão.

Quando o vírus está ativo, é também muito importante evitar o contacto com bebés pois o herpes neonatal é bastante perigoso para recém-nascidos.

Como é feita a transmissão do herpes labial?

O contágio é geralmente feito pelo contacto com as lesões, por exemplo pelo beijo: as transmissões são feitas pelas mucosas da boca, saliva e pelos lábios, assinalando ainda que o herpes é uma doença que não tem cura porque fica latente nas terminações nervosas. Ou seja, pode reaparecer várias vezes ao longo da vida.

Como se manifesta o herpes labial?

Por norma, a doença tem início entre 2 a 20 dias após o contágio, sendo que geralmente os doentes apresentam os seguintes sintomas:
•    Pequenas bolhas com conteúdo claro que se vão tornando amareladas até que a infeção seja finalmente debelada;
•    A primeira manifestação é habitualmente a mais exuberante e dolorosa, podendo ter febre associada.

Situações que podem desencadear o reaparecimento da doença
•    Exposição solar intensa: 
•    Estados febris;
•    Constipações;
•    Stresse;
•    Traumatismos nos lábios (como lábios secos com fissuras).

O herpes labial é mais frequente no verão?

A exposição solar pode desencadear o herpes labial: a sobrexposição a raios ultravioleta pode provocar um enfraquecimento do sistema imunitário, o que faz com que o vírus se possa manifestar mais facilmente.

Assim, proteger-se dos raios UV, utilizando protetor solar adequado e chapéus de sol para evitar a exposição direta, são formas de prevenir o reaparecimento do herpes labial nesta época.

Como tratar o herpes labial

Quem tem herpes pressente facilmente quando a doença está iminente, já que sente um formigueiro, comichão ou mesmo dor junto aos lábios. Nessa altura, deve avançar-se imediatamente com o tratamento de modo a encurtar o surto, acrescentando que o mais acessível é a aplicação de cremes antivíricos que aliviam a dor.

No entanto, em casos em que os episódios são muito frequentes, exuberantes ou em localizações mais perigosas – deverá consultar um dermatologista para se informar da terapêutica oral mais adequada. Até porque, a eficácia das diversas terapêuticas não é consistente em todas as pessoas. Em média, o herpes labial demora entre 2 a 4 semanas a passar, algo que dependerá da abordagem terapêutica utilizada e de ter acesso a aconselhamento mais adequado ao seu caso em específico.  

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Revisão Científica

Dra. Joana B. Gomes

Dra. Joana B. Gomes

Hospital Lusíadas Braga

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