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Quais são os primeiros sintomas de gravidez?

O início da gravidez faz-se logo notar: o corpo muda, a cabeça também e as dúvidas instalam-se. Conheça as mudanças e o que as futuras mães devem fazer quando sentem os primeiros sintomas de gravidez.    

Principais sintomas de gravidez

Os principais sintomas de gravidez contam-se pelos dedos de uma mão. São alterações normais que afetam quase todos os sistemas do organismo nos nove meses de gestação. A nível cardiovascular, por exemplo, o aumento do sangue em circulação pode chegar aos 50% do volume habitual e, em termos quantitativos, atingir 1,5 litros o que se traduz no aumento de débito cardíaco (volume de sangue bombeado por minuto). Os desafios são vários e a prova disso é a diversidade de sintomas iniciais de gravidez.

Cinco sintomas de gravidez no início da gestação

1. Amenorreia

A ausência de menstruação é um dos primeiros sintomas de gravidez e um dos mais relevantes. A hipótese de gestação deve sempre ser considerada em qualquer mulher em idade reprodutiva, mesmo que esteja sob método contracetivo habitual. Apesar de paradigmático, pode ser difícil de detetar em mulheres com ciclos menstruais muito irregulares e nas quais já poderá ser habitual a existência de vários meses sem menstruação.

2. Náuseas

Presença regular no primeiro trimestre, as náuseas (associadas ou não a vómitos) podem ocorrer com maior ou menor intensidade, mas tendem a atenuar-se ou desaparecer nos meses seguintes. Para além de cuidados alimentares, pode ser recomendada a toma de medicação para aliviar o mal-estar. Num número restrito de casos, os vómitos podem tornar-se persistentes e refratários às terapêuticas mais correntes, obrigando a internamento hospitalar.

3. Tensão mamária

Algumas das alterações hormonais têm repercussões no volume e tensão mamária e podem ser notadas logo no início da gravidez. É o resultado da influência hormonal de uma substância produzida a nível placentar: a gonadotrofina coriónica humana.

4. Fadiga

Bocejar várias vezes ao dia, adormecer com facilidade ou sentir um cansaço inexplicável é também um dos primeiros sintomas de gravidez. De causa multifatorial, este problema tende a diminuir no segundo trimestre da gravidez.

5. Aumento da frequência urinária

O aumento de idas à casa de banho é outro sintoma de gravidez frequente e pode caracterizar-se por necessidades miccionais superiores a sete vezes durante o dia. Esta situação pode manifestar-se logo no início da gravidez e tende a manter-se durante os nove meses devido à pressão que o útero exerce sobre a bexiga.

Primeira consulta de obstetrícia

Se reúne os sinais acima referidos é importante confirmar se se trata realmente de uma gravidez. A forma mais precoce de o fazer é através de testes laboratoriais (sangue ou urina). Mesmo em situações que podem parecer excluir uma possível gravidez – qualquer método contracetivo, laqueação tubária – essa hipótese não deve ser negligenciada.

Planear a gravidez e realizar uma consulta pré-concecional é a recomendação médica a seguir mas, se isso não foi possível, deverá fazer a primeira consulta, idealmente, até às dez semanas de gestação.

Cada gravidez é única e está patente na diversidade e expressão das alterações durante os nove meses, que podem incluir ainda, além dos cinco sintomas de gravidez já referidos, mudanças de humor, hiperpigmentação cutânea localizada, azia, obstipação, entre outras.

Situações que requerem observação médica

Dor pélvica (no fundo da barriga), febre ou hemorragia genital são sintomas que requerem atenção especial. A gravidez ectópica (extrauterina) é um dos problemas mais sérios a considerar no início da gestação, pelo que a grávida que apresente queixas de dor pélvica e/ou hemorragia genital deverá ser observada por um obstetra para exclusão desta entidade.

O problema que leva muitas mulheres às urgências no início da gravidez é a hemorragia genital. Pode ocorrer em 20 a 40 por cento das grávidas, por isso recomenda-se a avaliação médica nestas situações, uma vez que podem ser de ordem fisiológica, sem risco associado, ou indicar complicações como a gravidez ectópica ou o risco de aborto.

Preparar a gravidez

Qualquer gravidez deve ser precedida de uma consulta, na qual o médico avalia a saúde da mulher (aparelho genital, vacinação, peso, nutrição, entre outros aspetos), recomenda suplementação (nomeadamente em ácido fólico) e ajusta a medicação habitual, se necessário.

Muitos dos fatores que influenciam negativamente uma gravidez podem ser modificados antes de a mulher engravidar. Assim, quanto mais equilibrada estiver a mulher sob o ponto de vista físico, psicológico e endócrino, melhor preparada está para percorrer este caminho da conceção ao parto.

Esta regra de ouro é válida para todas as mulheres, particularmente as que têm doença crónica como a hipertensão, a diabetes, patologia tiroideia, asma, epilepsia, entre outras, devido aos potenciais riscos que a gravidez pode ter sobre a doença, ou vice-versa. Nestes casos, decisões como a alteração da medicação habitual podem ter um impacto decisivo na futura gravidez.

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