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A doença de Parkinson

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Identifica-se pela tremura incontrolável das mãos, mas há mais sintomas associados à doença de Parkinson, a segunda doença neurodegenerativa mais comum, que afeta mais de 13 mil portugueses. José Vale, Coordenador da Unidade de Neurologia do Hospital Lusíadas Lisboa, explica o que é e quais os tratamentos disponíveis.

São mais de 13 mil os portugueses que sofrem de Parkinson. Esta é uma doença neurológica degenerativa do sistema nervoso central e muito presente em Portugal. Segundo dados de um estudo epidemiológico promovido pela Associação Portuguesa de Doentes de Parkinson e a Direção-Geral da Saúde, os portugueses têm algumas características genéticas que poderão potenciar a doença. O neurologista José Vale, Coordenador da Unidade de Neurologia do Hospital Lusíadas Lisboa, ajuda a esclarecer os dados existentes.

O que é?

A doença de Parkinson desenvolve-se quando determinadas células nervosas (neurónios) cerebrais morrem. Estes neurónios produzem a dopamina, que ajuda a transmitir as mensagens entre áreas do cérebro que controlam os movimentos corporais. A sua inexistência dificulta o controlo da tensão muscular e dos movimentos.

Quando surge?

  • Por volta dos 60 anos;
  • Antes dos 40 anos – 5% dos casos.

Quais são os sintomas?

Esta é a segunda doença neurodegenerativa mais comum e afeta sobretudo o sistema motor:

  • Tremuras;
  • Rigidez muscular;
  • Dificuldade em caminhar;
  • Dificuldade em equilibrar-se;
  • Dificuldade em engolir.

Pode trazer outras alterações, como:

Como é feito o diagnóstico da doença de Parkinson?

Nem sempre o diagnóstico é imediato, uma vez que esta patologia pode ser inicialmente confundida com problemas de coluna ou mesmo depressão. "Há indicação de que são 13 mil os afetados em Portugal, mas achamos que há doentes que não estão identificados", revela o médico. Não existe ainda nenhum exame específico de diagnóstico. Este é feito com base nas manifestações clínicas e nos exames físico e neurológico.

Tratamentos disponíveis

Já há terapia farmacológica eficaz que proporciona uma melhor qualidade de vida. Em algumas situações, está indicada a cirurgia. Nestes casos, é colocado um implante que faz uma estimulação do núcleo subtalâmico. Trata-se de um estimulador que permite melhorar a função motora afetada e que permite recuperar qualidade de vida e autonomia.

O papel do exercício físico

De acordo com o especialista, "o exercício físico deve estar presente desde o início da doença, e durante a sua progressão, até porque promove a mobilidade". Desta forma, a autonomia e até a autoestima são estimuladas.

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Revisão Científica

Dr. José Vale

Dr. José Vale

Coordenador da Unidade de Neurologia

Hospital Lusíadas Lisboa

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