A spirulina é um superalimento?
O que é a spirulina?
A spirulina é uma microalga pertencente a um grupo de 1500 espécies de plantas aquáticas microscópicas. Cresce naturalmente em lagos tropicais e subtropicais com um elevado pH e altas concentrações de carbonato e bicarbonato. As espécies mais consumidas são a Spirulina maximae a Spirulina platensis.
A sua coloração pode ser azulada devido ao teor em fitocianinas, esverdeada devido à clorofila e, ainda, alaranjada devido à presença de carotenoides na sua constituição. A spirulina é um dos alimentos nutricionalmente mais completos e foi desde muito cedo utilizada como suplementação para as populações que habitavam perto de lagos.
Os aztecas, por exemplo, adicionavam-na às suas refeições, assim como algumas populações do norte de África.
Qual é o seu valor nutricional?
A spirulina tem um valor calórico reduzido, sendo que 1 porção (3g) contém apenas 10kcal. A composição desta microalga consiste em 85% a 95% de proteínas, incluindo aminoácidos essenciais.
Tem também um valor relevante quanto a antioxidantes, incluindo betacaroteno. Esta alga contém um aporte relevante de vitaminas A, B2, B6 e E e de minerais como cálcio, ferro, iodo e potássio.
Além disso, possui uma elevada concentração proteica. Se compararmos 100g de spirulina com 100g de bife de frango, por exemplo, a spirulina contém cerca de 65,9g de proteína e o bife apenas 20g. Todavia, é de notar que a porção recomendada de spirulina é apenas 3 a 6 gramas por dia, isto é, cerca de 2 a 4g de proteína.
Como pode ser consumida?
Esta alga encontra-se à disposição do consumidor sob a forma de pó e pode ser adicionada a batidos, sumos, papas ou sopas. Poderá ainda ser encontrada sob a forma de suplemento nutricional, salientando-se o facto de os seus micronutrientes serem mais facilmente digeridos e absorvidos, quando comparados com outros suplementos equivalentes.
Qual o seu impacto na saúde?
A spirulina parece ser útil na manutenção da saúde e na prevenção de algumas doenças como as cardiovasculares, infeções e no alívio dos sintomas menstruais. A ingestão desta alga é recomendada, por exemplo, a indivíduos que sofram de obstipação, visto que possui um teor elevado de fibra, ajudando na regulação do trânsito intestinal.
Estudos científicos sugerem que a spirulina pode ter um efeito benéfico na prevenção de doenças cardiovasculares. A sua ingestão pode ser benéfica na diminuição da pressão arterial, de triglicéridos e de colesterol LDL (o “mau” colesterol), modificando indiretamente o colesterol total e os valores de HDL (o “bom” colesterol).