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Síndrome Mão-Pé-Boca: 7 Sinais Que Deve Conhecer

Colaboração
O seu filho veio do infantário com manchas vermelhas nas mãos e nos pés, e com feridas dolorosas na boca? É possível que esteja a lidar com a síndrome mão-pé-boca, uma doença viral muito comum em crianças pequenas, especialmente em ambientes como creches e jardins de infância. Embora seja frequentemente benigna, esta infeção pode ser desconfortável.

O Que É a Síndrome Mão-pé-boca?

É uma doença infeciosa causada por vírus do grupo enterovírus, sendo o mais comum o Coxsackievirus A16. 
A síndrome atinge sobretudo crianças com menos de 5 anos, mas também pode afetar crianças mais velhas e, ocasionalmente, adultos. Apesar do nome, as lesões não se limitam às mãos, pés e boca. Em alguns casos, podem aparecer noutros locais do corpo como nádegas ou pernas. 

A doença costuma durar entre 7 a 10 dias e resolve-se geralmente sozinha, sem necessidade de tratamento específico, apenas gestão e alívio dos sintomas.

7 Sintomas Mais Comuns

Estes são os sinais mais típicos a que deve estar atento:
1.    Febre ligeira a moderada;
2.    Irritabilidade ou cansaço;
3.    Falta de apetite;
4.    Feridas ou bolhas dolorosas na boca;
5.    Manchas vermelhas ou pequenas bolhas nas palmas das mãos e plantas dos pés;
6.    Erupções cutâneas noutras zonas;
7.    Dificuldade em engolir, devido à dor provocada pelas úlceras orais.

As lesões costumam aparecer 1 a 2 dias após o início da febre.

Como se Transmite a Síndrome Mão-pé-boca?

O vírus é altamente contagioso e pode ser transmitido por:

  • Contacto direto com saliva, muco nasal ou fluido das bolhas;
  • Partilha de brinquedos, talheres ou toalhas;
  • Troca de fraldas ou contacto com fezes contaminadas;
  • Superfícies contaminadas (por isso, é muito comum em creches).

A criança infetada é mais contagiosa durante os primeiros dias de sintomas, mas pode continuar a espalhar o vírus mesmo após a recuperação.

Evite o Contágio

Embora não exista uma vacina ou forma de prevenção 100% eficaz, alguns cuidados podem reduzir significativamente o risco de transmissão:

  • Lavar bem as mãos (criança e cuidadores), várias vezes ao dia;
  • Limpar e desinfetar brinquedos e superfícies regularmente;
  • Evitar contacto próximo com crianças doentes;
  • Não partilhar copos, talheres ou toalhas;
  • Ensinar a criança a tapar a boca ao tossir ou espirrar.

Se o seu filho estiver infetado, o ideal é ficar em casa até estar completamente recuperado, mesmo que se sinta bem.

Quando Marcar uma Consulta?

Na maioria dos casos, a síndrome mão-pé-boca é leve e pode ser tratada em casa com repouso, líquidos e analgésicos para aliviar o desconforto (após recomendação do pediatra).
No entanto, deve consultar um profissional de saúde se notar:

  • Febre persistente por mais de 3 dias;
  • Dificuldade significativa em comer ou beber;
  • Sinais de desidratação (boca seca ou ausência de urina por 6-8 horas);
  • Lesões cutâneas a piorar ou a infetar;
  • E se a criança tiver menos de 6 meses de idade.

Conclusão

A síndrome mão-pé-boca é uma doença frequente, contagiosa e geralmente benigna, mas pode ser bastante desconfortável para os mais pequenos. Identificar os sintomas rapidamente e adotar os cuidados certos pode fazer toda a diferença para uma recuperação tranquila e segura.

Se tiver dúvidas ou notar sinais de alarme, marque uma consulta com o pediatra.
 

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