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Dente partido: o que fazer

Colaboração
O dente partido é uma das causas mais frequentes de atendimento urgente em medicina dentária, por ser um motivo de desconforto, e em alguns casos, de dor.

Existem vários tipos de dentes partidos e níveis de gravidade variados. Se partir um dente, deve manter a calma e marcar uma consulta com a maior brevidade possível. A Dra. Ema Simeonova, Coordenadora da Medicina Dentária da Clínica Lusíadas Forum Algarve, explica-lhe o que deve fazer, as possíveis causas e como se trata esta urgência dentária. 

O que pode causar um dente partido?

A fratura de um dente pode ser causada por vários fatores ou pela conjugação de mais do que um. Desde lesões provocadas pelas cáries, passando por traumatismos (quedas, impactos) ou até bruxismo por apertamento ou ranger prolongado.

Dentes fragilizados estruturalmente devido a tratamentos prévios como restaurações extensas (por vezes já desadaptadas) ou desvitalizações, podem também estar mais propensos a partir-se. 

O que se pode fazer para aliviar a dor de um dente partido?

Nem todas as fraturas estão associadas a este sintoma, mas, quando provocam dor, o doente pode recorrer a analgésicos e/ou anti-inflamatórios, após uma avaliação por um especialista de medicina dentária.

Pode também adotar cuidados comportamentais como evitar mastigar para o lado do dente fraturado. No entanto, nenhuma das situações descura a visita ao Médico Dentista para avaliar as causas da fratura e resolver o episódio.

Que tipos de dentes partidos existem? 

Fraturas em dentes anteriores comportam sempre uma preocupação estética para a pessoa, mesmo quando não são extensas ou dolorosas.

Nos dentes de leite, caso a fratura esteja associada a um impacto (a típica queda), por vezes mais do que com o próprio dente em si, importa perceber junto do médico dentista se o dente definitivo que ainda não erupcionou fica comprometido, ou se pode vir a haver dificuldade no fluxo natural de perda de dentes de leite com substituição dos definitivos (atraso na “queda”, por ex.). 

No caso dos molares, embora não haja a componente estética envolvida, mesmo sem dor associada existem outros desconfortos como o impacto resultante da colisão direta dos alimentos na gengiva durante a mastigação (impactação alimentar), ou, por exemplo, margens de fratura demasiado vincadas ou laminadas que podem traumatizar a língua. 

Em última análise, dependendo da extensão da fratura (em qualquer dente), se houver envolvimento pulpar (do nervo), episódios de dor aguda e constante podem ocorrer.

“Infelizmente, em casos em que a fratura envolve a raiz, é possível ter de contemplar a perda desse dente”, alerta a médica. 

Qual o tratamento aconselhado para cada um desses casos?

No tratamento da fratura, pode-se considerar a simples restauração do dente, desvitalização ou, no limite a sua extração, dependendo do tipo de fratura. Por exemplo, em caso de fraturas radiculares ou muito profundas (tendo como referência a margem gengival), pode ser necessário recorrer à extração. 

Convém identificar sempre a causa da fratura. No caso do bruxismo, a simples restauração pode não resolver a longo prazo, e nestas situações é aconselhável um acompanhamento por parte da especialidade de Oclusão para ajudar a mitigar os danos colaterais do hábito em si. 

O que fazer para prevenir o dente partido?

O acompanhamento e consultas regulares junto do Médico Dentista podem ajudar a identificar lesões de cárie atempadamente e resolvê-las antes de se criar uma fratura. 

No caso de dentes desvitalizados, estando muitas vezes associados a lesões extensas de cáries prévias, aconselha-se geralmente o reforço do dente com coroas totais ou parciais em cerâmica. 

Em pacientes com hábito de bruxismo, o acompanhamento correto por parte de especialistas de Oclusão também pode ajudar a prevenir fraturas no futuro.

“Muitas vezes, no caso de se tratar de dentes molares partidos, como não afetam a estética, pode pensar que não é urgente tratar da fratura”, nota a médica dentista, sublinhando que “adiar o tratamento de um dente partido pode resultar em problemas mais graves como infeções, arriscando-se a perder um dente que poderia ser salvo se tratado atempadamente”.

Fazer um check-up de seis em seis meses é essencial para garantir a saúde dos dentes e gengivas e a melhor forma de prevenir vários tipos de patologias orais. Cuide do seu sorriso com a HeyDoc. 

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Revisão Científica

Dra. Ema Simeonova

Dra. Ema Simeonova

Clínica Lusíadas Forum Algarve
Hospital Lusíadas Albufeira
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