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Vitamina D: por que precisamos dela

Os óleos de fígado de peixe e uma breve exposição solar são as principais fontes naturais deste composto químico essencial para os ossos, dentes e até para prevenir depressões.

O que é?

As vitaminas são compostos químicos necessários para a manutenção de diversas funções do organismo. Vitamina D é o nome genérico dado a um grupo de compostos lipossolúveis que são essenciais para manter o equilíbrio mineral do corpo, nomeadamente através da regulação da absorção de cálcio a nível da mucosa intestinal. A vitamina D3 (ou colecalciferol) e a vitamina D2 (ou ergocalciferol) são as mais importantes.

A exposição solar é a melhor fonte

Uma pessoa saudável necessita de 600 a 800 unidades internacionais (UI) de vitamina D por dia. À exceção do óleo de fígado de peixe, em muito poucos alimentos se encontrará esta vitamina. A sua principal fonte natural é antes a síntese dérmica. Estima-se que uma breve exposição solar dos braços e face corresponda à ingestão de 200 unidades internacionais (UI) de vitamina por dia.

Este sistema é, assim, extremamente eficiente: a pré-vitamina D3 é sintetizada na pele durante a exposição aos raios ultravioleta (UV) da luz solar. Depois, a pré-vitamina D3 sofre uma alteração molecular, que depende da temperatura, formando a vitamina D3 (colecalciferol). As duas principais formas de vitamina D (D3-colecalciferol e D2-ergocalciferol) estão disponíveis no mercado português, podendo ser prescritas pelos médicos assistentes caso seja detetado um défice.

Principais funções da vitamina D

  • Absorção intestinal de cálcio e fósforo.
  • Manutenção do normal funcionamento do sistema imunitário.
  • Crescimento e normal desenvolvimento dos ossos e dentes.
  • Diminuição do risco de desenvolver doenças infeciosas.
  • Segundo alguns estudos, esta vitamina desempenha ainda um papel importante na prevenção da esclerose múltipla, da gripe sazonal e da depressão.
  • Uma investigação demonstrou ainda a sua importância na redução do peso e prevenção de patologias cardíacas.

Problemas de saúde associados ao défice de vitamina D

As manifestações clínicas dependem não só de quão severa é a falta de vitamina D, como da duração da mesma. A maioria dos doentes tem um défice ligeiro a moderado, que é assintomático. Contudo, os défices mais graves estão associados a alguns problemas, como:

  • Osteomalacia

A osteomalacia no adulto e a osteomalacia e raquitismo na criança. Os sintomas associados incluem dor óssea, fraqueza muscular, fraturas e dificuldade na marcha.

  • Esclerose múltipla

Em 2006, nos Estados Unidos da América, um estudo demonstrou que indivíduos com défice de vitamina D têm duas vezes maior probabilidade de desenvolver esta doença.

  • Doenças coronárias

Tais como angina de peito e enfarte do miocárdio, insuficiência cardíaca e doença arterial periférica.

Atenção a crianças, idosos e grávidas

A vitamina D é particularmente relevante na infância e na 3ª idade. As crianças, por estarem em crescimento, são particularmente suscetíveis a doenças esqueléticas à sua falta.

Contudo, os ossos desmineralizados e, consequentemente mais fracos (osteomalacia), ou o raquitismo são raros nos países desenvolvidos. Os idosos são muito suscetíveis ao défice de vitamina D devido à diminuição da ingestão diária de alimentos e da exposição solar, à redução da espessura da pele, a dificuldades na absorção intestinal e a alterações do metabolismo. A osteomalacia, associada à fraqueza muscular, leva a um aumento muito significativo de fraturas. Quanto às grávidas, a falta de vitamina D é comum durante a gestação – e, sobretudo, nos meses de inverno.

Está associada a um aumento do risco de pré-eclâmpsia, diabetes gestacional e parto prematuro. Os fetos de mulheres com défice desta vitamina podem apresentar atraso do crescimento, baixa estatura, convulsões neonatais, maior risco de desenvolvimento de asma e um sistema imunitário menos capaz.

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