Melanoma: um cancro que se vê
O primeiro conselho para que possa prevenir doenças como o melanoma é saber como se proteger da radiação ultravioleta para o aplicar quando está na praia, na piscina ou apenas quando está exposto ao sol. "Quando está nublado não há tanto calor, mas a radiação ultravioleta passa na mesma e este é o principal fator de risco no melanoma. Não se trata de uma exposição prolongada e crónica ao sol, é a exposição muito intensa, muito aguda, durante um curto período de tempo – que é a que fazemos quando passamos férias", começa por esclarecer Pedro Ponte, coordenador da Unidade de Dermatologia do Hospital Lusíadas Lisboa.
Fazer o diagnóstico do melanoma
"O melanoma é um cancro que se vê, não necessita de um exame invasivo", lembra o médico. Assim, a observação clínica em consulta é suficiente para detetar problemas e tratar a tempo. Há características específicas nos sinais da pele a que devemos estar atentos:
- Sinais que se alteram;
- Sinal assimétrico;
- Sinal com rebordo irregular e com mais de uma cor;
- Sinal com diâmetro superior a 6 milímetros.
De qualquer forma, há sinais com estas características que são benignos. No entanto, deve estar atento a estas alterações e sempre que tiver dúvidas consultar o médico.
Veja como se faz este exame:
"O foco deve estar na prevenção"
"A taxa de radiação ultravioleta é cada vez maior e esse é o principal fator para o desenvolvimento do cancro cutâneo, melanoma ou não", refere o especialista que deixa os seguintes conselhos:
- Evite a exposição solar entre as 11h/11h30 e 16h30-17h – período do dia em que a radiação violeta é mais intensa;
- Aplique o protetor solar meia hora antes de ir para a praia;
- Aplique o protetor solar de 2 em 2 horas;
- Repita a aplicação sempre que tomar banho – no mar ou na piscina – ou se transpirar muito.