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Aproveitar o sol com segurança

Os portugueses são apaixonados pelo sol mas, como em quase tudo na vida, é preciso “conta, peso e medida”. Siga as 12 regras seguintes e aprecie tudo o que o sol e a vida ao ar livre têm de bom.

O sol faz bem ao corpo e ao espírito, estimulando a síntese da vitamina D e a parte hormonal e melhorando a absorção do cálcio. Mas também esconde alguns perigos: "As pessoas não devem expor-se demasiado ao sol nos primeiros dias de calor. Durante os meses frios a pele fica como que adormecida e, se for exposta à luz solar de forma agressiva, pode sofrer um choque. Devem optar por uma exposição solar gradual e progressiva", explica João Abel Amaro, dermatologista do Hospital Lusíadas Lisboa. "A exposição brusca à radiação, sobretudo nas crianças e jovens, atravessa a pele e os danos ficam latentes no ADN. Mais tarde, dez ou 20 anos depois, como a pele tem memória, essas queimaduras podem dar problemas graves", refere o dermatologista.

A este especialista junta-se João Bismarck, coordenador da Unidade de Pediatria do Hospital Lusíadas Lisboa, que apontou um conjunto de regras  a que devemos obedecer para aproveitar o que de melhor o sol tem.

 

As 12 regras essenciais para aproveitar o sol com segurança

  • Regra N.º 1

Nos primeiros dias de praia não ultrapasse os 15 a 20 minutos de exposição ao sol e evite o período mais quente do dia, entre as 12 e as 17 horas.

 

  • Regra N.º 2

Uma regra fácil de lembrar: quando a sombra que projetamos no chão for superior à nossa altura (de preferência o dobro) a radiação já não é tão intensa e podemos expor-nos ao sol.

 

  • Regra N.º 3

Usar protetor solar acima do fator 20, é um complemento indispensável mas por si só não chega. Opte pelas três formas naturais de proteção do sol: sombra, vestuário e horário.

 

  • Regra N.º4

As pessoas com antecedentes de cancro da pele na família, tez, cabelo e olhos claros, sardas e com dificuldade em bronzear-se, devem redobrar os cuidados.

 

  • Regra N.º 5

Evite os solários. Têm efeitos mais nocivos do que a exposição direta ao sol.

 

  • Regra N.º 6

Não aplique perfumes e desodorizantes antes de se expor ao sol: podem originar manchas ou uma reação alérgica.

 

  • Regra N.º 7

A partir dos 2-3 anos, as crianças podem estar ao sol por um período restrito, ao início da manhã e final da tarde, mas sempre com protetor solar físico (chapéu e roupa) e um fator 50+.

 

  • Regra N.º 8

Os bebés até um ano de idade não devem estar expostos ao sol diretamente.

 

  • Regra N.º 9

As crianças com mais de 3 anos devem usar os protetores mais comuns, com compostos químicos, mas com o mínimo de filtros possível.

 

  • Regra N.º 10

Crianças pequenas: se, normalmente, muda de fraldas oito vezes por dia e passa a precisar só de três é porque não lhe está a dar água suficiente. Crianças mais velhas: se estiverem com o chichi amarelo, concentrado e mal-cheiroso, pode ser sinal de desidratação.

 

  • Regra N.º 11

Se surgir uma erupção cutânea nas costas e no peito dos bebés, provocada pela retenção do suor nos poros, não vá às urgências: lave e hidrate.

 

  • Regra N.º 12

As pessoas com mais de 70 anos perdem a perceção de sede, por isso devem reforçar a ingestão de líquidos e resguardar-se nas horas de mais calor. Se saírem, não devem esquecer os óculos escuros (a exposição à luz solar aumenta o risco de cataratas), o chapéu e o vestuário leve e de cores claras.

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