Cirurgia

Bloco operatório

Apetrechado com os mais modernos equipamentos, o bloco operatório é apoiado por profissionais especializados, funcionando em conformidade com as mais rigorosas regras de segurança.

Desenhado para garantir uma circulação eficaz do fluxo de profissionais e doentes, com a máxima segurança, o bloco é constituído por oito salas, utilizadas tanto para cirurgias programadas, como de urgência, ou do hospital de dia cirúrgico (Unidade de Cirurgia Ambulatória).

As salas dispõem de equipamento específico de alta tecnologia, que possibilita a realização de procedimentos cirúrgicos nas diferentes valências existentes no Hospital, sendo os procedimentos realizados em parceria com a Unidade de Anestesiologia.

São significativas as alterações a que é sujeito o doente que passa pelo bloco operatório: separação da família, interrupção das rotinas e atividades habituais, ansiedade causada pelo medo da dor, da cirurgia e/ou da anestesia. Consciente dessa realidade, o nosso corpo clínico desenvolve competências especiais na área da prestação de cuidados perioperatórios e desempenha-as ao longo dos períodos que caracterizam o episódio operatório.​

O trabalho de equipa e a humanização que é colocada, em cada momento, são determinantes para o cumprimento da missão a que os nossos profissionais de saúde se propõem diariamente.

Unidade de Anestesiologia

A Unidade de Anestesiologia presta um serviço de 24 horas e dá resposta às diferentes áreas cirúrgicas do bloco operatório e do bloco de partos, prestando ainda apoio anestésico à realização de exames complementares de diagnóstico.

Para a constituição desta Unidade houve o cuidado de juntar elementos com áreas de formação e experiências profissionais distintas, de ​modo a abranger as diferentes especialidades cirúrgicas existentes no Hospital e permitindo a formação de uma equipa coesa e multifuncional.

A todos os clientes com indicação cirúrgica é feita uma consulta prévia onde se faz a avaliação clínica pré-operatória e a avaliação dos exames complementares, de modo a minimizar o risco anestésico-cirúrgico. De igual modo, cabe à Unidade de Anestesiologia o acompanhamento do doente após a cirurgia, para avaliação e tratamento da dor pós-operatória.​

Consulta de Anestesia

Aconselha-se a realização de uma consulta de anestesia antes de todo e qualquer procedimento cirúrgico. A consulta de anestesia pretende avaliar o doente que vai ser submetido a uma cirurgia. ​

Durante esta consulta o médico anestesista realiza um questionário sobre o seu historial médico, que inclui:

  • Doenças anteriores;
  • Medicação que toma habitualmente, com especial atenção para a que altera a coagulação, como a aspirina, plavix, entre outras;
  • Cirurgias e tipo de anestesia a que foi submetido, referindo qualquer reação ou complicação que tenha ocorrido;
  • Se é fumador, consome bebidas alcoólicas ou drogas;
  • Se tem algum tipo de alergias (medicamentos, pó, pólen);
  • Se tem próteses dentárias ou usa lentes de contacto;
  • Se tem varizes.

Deve trazer para esta consulta todos os exames complementares de diagnóstico que realizou, como Análises Clínicas, Radiografia do Tórax e Eletrocardiograma. Se tem Ecocardiograma Cardíaco, ECG Holter e Prova de Esforço, mesmo que antigos, deve trazê-los também.

Nesta consulta, com base na sua história médica, o exame clínico, os resultados dos exames complementares de diagnóstico, o tipo de cirurgia e a sua duração, é-lhe explicado qual o tipo de anestesia a que vai ser submetido e alguns detalhes a respeito dos procedimentos anestésicos.

São também dadas orientações a respeito do jejum para o dia da cirurgia. De modo geral, não pode ingerir alimentos ou líquidos, nomeadamente água, algumas horas antes da cirurgia. No seu caso específico, por favor siga os cuidados pré-operatórios que lhe foram dados.​

Tipos de Anestesia

Há vários tipos de anestesia: Anestesia Geral, Anestesia Regional, Sedação/Cuidados Anestésicos Monitorizados e Anestesia Local.

O anestesiologista é a pessoa indicada para realizar a escolha de um ou de outro tipo de anestesia, de acordo com diversos aspetos relativos ao doente e ao tipo de cirurgia a que vai ser submetido.

O anestesiologista permanece durante todo o procedimento junto do doente, vigiando continuamente as suas funções vitais, como os batimentos cardíacos, tensão arterial, respiração, temperatura corporal, entre outros, cuidando da manutenção do seu bem-estar e tratando qualquer questão que possa surgir, consequência da cirurgia a que está a ser submetido ou de alterações resultantes das doenças que apresenta previamente à cirurgia.

A anestesia dura o tempo que a cirurgia durar.

Anestesia Geral

Na anestesia geral são administrados fármacos através de um soro colocado numa veia da mão. Estes fármacos permitem que permaneça inconsciente, imóvel e sem dor, durante todo o procedimento cirúrgico.

Este tipo de anestesia está indicado para cirurgias da cabeça e do pescoço, tórax e abdómen superior.

No caso particular das crianças, são submetidas a anestesia geral para evitar movimentos bruscos durante a cirurgia. Esta pode ser aplicada por via endovenosa, inalatória ou ambas.

Em alguns casos, é possível complementar a anestesia geral com técnicas de anestesia regional, com o objetivo de diminuir a dor durante e após o procedimento cirúrgico. Nos adultos estas técnicas precedem a anestesia geral, enquanto nas crianças opta-se pela sua realização após a anestesia geral.

Anestesia Regional

Com este tipo de anestesia pretende-se anestesiar apenas a porção do corpo a ser intervencionada. Está indicada para cirurgias do abdómen inferior, membros inferiores e membros superiores.

A anestesia regional está dividida da seguinte forma: anestesia raquidiana ou raquianestesia, anestesia epidural, anestesia sequencial e bloqueio de nervos periféricos.

Na anestesia raquidiana ou raquianestesia é administrado anestésico local, por intermédio de uma agulha de fino calibre, no líquido que banha a sua medula espinhal — líquido cefalorraquidiano. Neste tipo de anestesia, perde a sensibilidade dos membros inferiores e da zona inferior do abdómen. Sentirá que os membros inferiores ficam dormentes e pesados, perdendo a mobilidade. Este efeito é temporário e desaparece ao fim de 2 horas, recuperando totalmente a sensibilidade e a mobilidade.

Na anestesia epidural é administrado anestési​co local através de um cateter colocado no espaço epidural, espaço virtual que se encontra próximo da sua medula espinhal. Neste tipo de anestesia também se perde a sensibilidade dos membros inferiores e da zona inferior do abdómen, ficando com os membros inferiores dormentes e pesados.

As diferenças entre a anestesia epidural e a anestesia raquidiana são o local onde se dá a administração do anestésico local, o tipo de agulha e o volume de anestésicos utilizados.

A anestesia epidural é muitas vezes associada à anestesia geral sendo uma forma muito eficaz de tratamento da dor no pós-operatório.

A anestesia sequencial combina os dois tipos anteriores, a anestesia raquidiana e a anestesia epidural.

Nos bloqueios de nervos periféricos, o anestésico local é administrado ao redor dos nervos responsáveis pela sensibilidade e pelo movimento do membro onde vai ser realizada a cirurgia. Por exemplo, para uma cirurgia da mão, é possível anestesiar apenas o braço, através da administração de anestésico local ao nível da axila.

Na sedação são administrados fármacos para que fique inconsciente, imóvel e sem dor, mantendo a capacidade de respirar sem a ajuda de um ventilador.

Na anestesia local, pequenas doses de anestésico local são administradas em redor da lesão que vai ser removida. Este tipo de anestesia é frequentemente utilizada para remover sinais da pele (nevus). É realizada pelo cirurgião na presença do anestesista, que monitoriza continuamente as suas funções vitais, como os batimentos cardíacos, tensão arterial, respiração, mantendo-os normais, cuidando da manutenção do seu bem-estar e tratando toda e qualquer complicação clínica.

Cuidados Pós-Anestésicos

A Unidade de Cuidados Pós-Anestésicos (UCPA) encontra-se num espaço contíguo ao bloco operatório e destina-se à vigilância e monitorização dos doentes operados.

Todos os doentes operados têm uma permanência nesta Unidade por um período que oscila entre 1h30 e 2h00. Durante este período, dá-se continuidade ao tratamento da dor no pós-operatório e são diagnosticadas e tratadas eventuais complicações anestésico-cirúrgicas.

A Unidade de Anestesiologia do Hospital Lusíadas Lisboa assegura o bem-estar e o conforto no pós-operatório.

Foram criados vários protocolos de Analgesia Pós-Operatória para os diferentes tipos de cirurgia que aqui se realizam. A eficácia destes protocolos é monitorizada diariamente com a visita à enfermaria e ajustando a terapêutica, sempre que necessário, para que o seu pós- operatório seja com o mínimo de dor possível.

Não esqueça que antes de qualquer procedimento cirúrgico deve ser avaliado na consulta de anestesia.

Unidade de Cirurgia Ambulatória

A cirurgia ambulatória é toda aquela em que a admissão, intervenção e alta hospitalar ocorrem no mesmo dia, não necessitando o cliente de pernoitar no Hospital. Compreende intervenções cirúrgicas programadas, realizadas sob anestesia geral, loco-regional ou local, em instalações adequadas, com segurança.

A Unidade de Cirurgia Ambulatória (UCA) do Hospital Lusíadas Lisboa está integrada na unidade peri-operatória, que tem como função realizar o acolhimento e acompanhamento pré e pós-operatório do doente submetido a cirurgia ambulatória, até que este reúna critérios para a alta.

Os doentes da UCA são admitidos após consulta prévia de avaliação cirúrgica e anestésica.


Vantagens da Cirurgia Ambulatória:

  • Tratamento mais rápido;
  • Pós-operatório mais personalizado, o que contribui para uma recuperação mais rápida;
  • Menos tempo distante de casa, da família e do emprego, diminuindo a ansiedade para o cliente e para a sua família;
  • Diminui os riscos de infeção no pós-operatório;

É necessário que alguém o acompanhe até casa no dia da intervenção, e que permaneça consigo por um período de 24 horas. No dia da intervenção deve repousar, não pode conduzir, nem deve assinar documentos importantes.

Antes de qualquer procedimento cirúrgico deve ser avaliado na consulta de anestesia.

Dia da Cirurgia

Cumprir rigorosamente as indicações dadas na consulta de anestesia, nomeadamente o jejum que lhe foi prescrito.

Na data e hora definidas deve dirigir-se ao secretariado da Unidade de Cirurgia Ambulatória para fazer a sua inscrição, sendo portador da documentação necessária.

Não se esqueça de trazer consigo os exames que estão na sua posse.

No final da cirurgia, será encaminhado para a Unidade de Cuidados Pós-Anestésicos, onde permanecerá até que se encontre estável e possa ser transferido para a Unidade de Cirurgia Ambulatória. Pode ter alta quando estiverem reunidas as condições clínicas para que o faça em segurança.

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Perguntas mais frequentes sobre anestesia

Que tipos de anestesia existem?

  • Anestesia Geral: está inconsciente e completamente alienado do decorrer da intervenção cirúrgica, durante a qual são administrados vários fármacos e gases anestésicos.
  • Anestesia Regional: parte do corpo fica insensibilizada através do uso de anestésicos locais (anestesia espinhal (raquianestesia), epidural ou dos principais nervos periféricos). É quase sempre acompanhada de sedativos e analgésicos que o deixam confortável e tranquilo.
  • Anestesia Local: técnica de infiltração de fármacos para tornar a área anatómica pretendida insensível ("dormente"), semelhante à anestesia do dentista.
  • Cuidados Anestésicos Monitorizados (MAC): os anestesiologistas são cada vez mais solicitados para fora do bloco operatório, estando presentes em procedimentos como endoscopias digestivas, intervenções em exames de radiologia e procedimentos cardíacos. A atuação do anestesista é necessária para proporcionar conforto.

Quais são os riscos da anestesia?

A probabilidade de uma pessoa saudável morrer durante a anestesia é comparável ao risco de uma viagem num avião comercial e mais seguro do que uma viagem de carro. Probabilidade de 1 para 200.000 a 1 para 400.000.

Vou acordar a meio da cirurgia?

Não. O seu sono, que designamos por hipnose, é nos dias de hoje muito controlado e também rigorosamente monitorizado através de elétrodos que colocamos na região frontal da cabeça e que nos dão o registo da atividade cerebral.​

O anestesista fica comigo durante toda a intervenção cirúrgica?

O anestesista permanece na sala operatória para monitorizar e garantir a sua segurança. Também decide sobre o tipo de soros que devem ser utilizados, a utilização de derivados de sangue, de antibióticos ou de fármacos para tratar a dor e para onde será feita a transferência após a cirurgia.

Porque não posso beber nem comer antes da cirurgia?

Numa situação normal, o nosso corpo tem mecanismos que permitem prevenir a regurgitação do conteúdo gástrico. Quando ficamos inconscientes, esses mecanismos não funcionam e há o risco de que esse conteúdo seja aspirado para os pulmões. Assim, é mais seguro ter o estômago vazio quando é efetuada uma anestesia geral.

Numa situação de emergência, como pode ter comido recentemente, o anestesista tem de ter precauções especiais para reduzir o risco de aspiração pulmonar.

Mesmo que esteja previsto realizar a cirurgia sob anestesia regional, é importante seguir as mesmas instruções relativas à ingestão de alimentos, pois pode ser necessário passar a anestesia geral.​

Vou sonhar?

É possível, mas a anestesia induz um estado mais profundo do que o tipo de sono em que normalmente ocorre o sonho.​

Tenho um dente a abanar. Há algum problema?

O médico anestesista vai querer saber se tem falta de dentes, dentes a abanar, se usa prótese dentária ou se tem pontes/coroas.

Quando está a ser entubado, como os dentes estão muito próximos, há sempre a possibilidade de um dente ser lascado ou danificado, principalmente se este estiver a abanar. No caso de um dente estar a abanar, pode haver indicação para a sua remoção antes da cirurgia.

Preciso mesmo de um acesso venoso? Quando vai ser retirado?

Normalmente, é colocado um acesso venoso, no dorso da mão, antes de "adormecer". Este permite a administração de fármacos anestésicos, soros e também fármacos utilizados para tratar determinadas complicações como a hipotensão.

Normalmente, é retirado quando começa a dieta via oral e quando não é necessário administrar antibióticos ou analgésicos por via endovenosa.

O que é a epidural?

A técnica epidural é realizada com anestesia local e sob ligeira sedação pelo que não é um procedimento doloroso. Consiste na injeção e colocação de um cateter de calibre cerca 1mm na região lombar e torácica e que pode ser usado durante a cirurgia ou na fase pós-operatória para tratamento eficaz da dor. Sendo muito preconizada na analgesia do trabalho de parto, tem indicações em muitas outras cirurgias (abdominais, pélvicas, torácicas e dos membros inferiores).

O que é a raquianestesia?

Esta técnica é semelhante à epidural, sendo a administração dos fármacos num espaço anatómico mais profundo e na grande maioria das vezes não é colocado cateter.

Quando posso voltar à atividade normal?

Depende principalmente do tipo de intervenção cirúrgica. Como os fármacos anestésicos administrados são eliminados horas após o procedimento, recomenda-se que não execute determinadas atividades como conduzir, manipular máquinas ou assinar documentos legais.

Excetuando alguns casos, como grandes intervenções cirúrgicas e com duração muito prolongada, a sua memória não irá sofrer alterações no período pós-operatório.​

A minha medicação pode interferir com os fármacos anestésicos?

Normalmente, mantém a sua medicação, mas a interação entre fármacos é sempre possível. Assim, deve informar o seu anestesista da medicação diária.

Se ainda tiver dúvidas, fale com o seu médico assistente e aproveite a consulta de anestesia — que será marcada antes da intervenção — para colocar todas as suas questões.

E se for alérgico à anestesia?

Por vezes, os pacientes pensam que são alérgicos à anestesia por terem tido uma experiência desagradável associada à anestesia, como por exemplo a ocorrência de náuseas e vómitos. Isto são efeitos secundários dos fármacos e não uma reação alérgica. Uma verdadeira reação alérgica provoca alterações cutâneas (rash), pieira, edema da língua, garganta ou olhos e por vezes diminuição da tensão arterial.​

O que acontece na sala operatória?

A equipa da sala operatória é formada por médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares.

Os profissionais envolvidos têm a responsabilidade de preparar o material e fármacos específicos ao procedimento cirúrgico.

Após a entrada na sala

É ligado a vários monitores que permitem avaliar as funções vitais (tensão arterial, frequência cardíaca, ritmo cardíaco e respiração). Estes permanecem operacionais durante toda a intervenção.

Checklist de cirurgia segura

Antes de ser anestesiado o cirurgião e o anestesiologista confirmam os detalhes acerca da sua história clínica e o que deve esperar após a realização da cirurgia.

Após a aplicação da anestesia

A equipa continua os prepa​rativos para a sua cirurgia. Isto pode incluir a colocação de uma algália, mais acessos venosos, limpeza do local da intervenção cirúrgica e colocação de panos estéreis.

Os cirurgiões preparam-se e vestem bata e luvas esterilizadas. Estes são ajudados pela enfermeira instrumentista que fornece e organiza todos os instrumentos necessários à cirurgia e pela enfermeira circulante que tem a responsabilidade de ter na sala todo o material para a cirurgia.

Independentemente do tempo de cirurgia, médicos e enfermeiros estarão sempre presentes na sala.

No final da cirurgia

O anestesista vai acordá-lo e posteriormente transferi-lo para uma Unidade de pós-operatório onde estará uma equipa de enfermagem que lhe prestará cuidados até ter alta para o internamento ou para a Unidade de Ambulatório.

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